"Um dos ex-alunos de Norm Geisler, que agora ensina
filosofia, apresentou esta realidade a um de seus estudantes da maneira mais
óbvia possível. O professor passou um trabalho sobre ética para seus alunos
fazerem, dizendo que eles tinham liberdade para escolher o tema. Um jovem
brilhante decidiu defender seu ponto de vista pessoal, segundo o qual não
haveria absolutos morais, e tudo seria relativo. Depois de ler o trabalho bem
escrito e bem documentado, o professor deu uma nota baixa e acrescentou:
"Não gosto de pastas azuis".
Ao receber a nota desapontadora, o aluno entrou como
um furacão na sala do professor. "O que há de errado com o meu
trabalho?", quis saber.
"Não há nada de errado com ele", explicou
calmamente o professor. "De fato, está muito bem feito."
"Por que então me deu nota vermelha?",
gritou enraivecido o rapaz.
"Porque o colocou numa pasta azul e não gosto de
pastas azuis"; disse o professor.
"Isso não é justo! Não está certo! Devia ter dado
a nota de acordo com o conteúdo do trabalho e não com a cor da pasta!"
O professor respondeu: "Você não afirmou no
trabalho que os pontos de vista morais são uma questão de gosto ou opinião, tal
como algumas pessoas gostarem de chocolate e outras de baunilha?"
"Sim", concordou o estudante.
"Então", disse o professor. "Não gosto
de azul e a sua nota é vermelha."
A luz se fez de repente na cabeça do jovem. Ele
compreendeu que caíra na armadilha do seu próprio argumento. Sua expectativa de
ser tratado com justiça revelou uma crença nos absolutos éticos que não quisera
admitir antes."
Material retirado do livro: Amar é Sempre Certo