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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Dominar ou administrar? Uma questão para com a Criação...

O pensamento da humanidade, desde o início dos tempos, era que a natureza, seus recursos e componentes, eram infinitos. Até mesmo os cristãos pregavam ser a natureza para desfrute total do homem, incluindo neste desfrute, a irresponsabilidade para com sua manutenção, preservação e consevação. Em Gn. 1:27-30 temos: “Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra. Disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente; ser-vos-ão para mantimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todo ser vivente que se arrasta sobre a terra, tenho dado todas as ervas verdes como mantimento. E assim foi.”

Deus em sua infinita sabedoria, criou todas as coisas, organizou-as devidamente, e entregou Sua criação nas mãos do homem. Isso antes de pecar. Mas após o pecado, nada mudou. Deus deu ao seu povo a responsabilidade sobre sua criação, sobre as plantas, a terra, o ar, a água, os animais. Mas o homem esquecendo-se dos preceitos de Deus, também deixou de lado esta responsabilidade.

A responsabilidade para com Sua criação era evidente desde o Antigo Testamento onde vários preceitos como Êx. 23: 12 “Seis dias farás os teus trabalhos, mas ao sétimo dia descansarás; para que descanse o teu boi e o teu jumento, e para que tome alento o filho da tua escrava e o estrangeiro.”, 3 Seis anos semearás a tua terra, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás os seus frutos; Lev. 25:3-4 “Seis anos semearás a tua terra, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás os seus frutos; mas no sétimo ano haverá sábado de descanso solene para a terra, um sábado ao Senhor; não semearás o teu campo, nem podarás a tua vinha.”. O amigo leitor pode até dizer: “Que besteria, isso é a lei arcáica de Moisés!” 1ª – A lei foi dada por Deus; 2ª – Veja o que os preceitos colocam: Êx. 23: 12, até os animais deveriam ter descanso; Lev. 25:3-4, a terra teria um ano para reaver seus nutrientes, já que não haveria plantação.

Além destes, muitos outros preceitos reforçam a responsabilidade do homem quanto a administrar a criação de Deus; a natureza hoje, é uma mera fonte de recursos que exploramos sem o mínimo pudor. Acho que o apóstolo Paulo repreenderia muitos cristãos pelo seu consumismo e pela destruição da criação, como ele mesmo colocou em Rm. 8: 19-23 “Porque a criação aguarda com ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus. Porquanto a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que também a própria criação há de ser liberta do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até agora; e não só ela, mas até nós, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, aguardando a nossa adoração, a saber, a redenção do nosso corpo.”

Como a criação está enganada com os “filhos de Deus” de hoje, já que são estes que estão a destrui-la. Nós como cristão devemos entender que o que está em jogo não é puro e simplesmente um conceito ecológico, mas a criação que Deus fez pra Sua glória e que nos deu a responsabilidade para cuidar e fazê-la prosperar...

Ser cristão não é decorar um monte de informações a respeito da natureza e sair vomitando-os para tocar as pessoas; não é ser um “defensor-da-natureza” só por achar os animais bonitinhos ou achar importante lutar contra o aumento do aquecimento global; é entender que Deus nos fez seus mordomos e Ele nos deixou sua criação para administrarmos e por meio disso glorificarmos o Seu santo nome.

Para reflexão do nosso modo de vida, deixo este vídeo... Deus abençoe.


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