Um menino tinha feito, com muito esforço e capricho,
um barquinho a motor. Satisfeito brincava com ele a beira do rio, quando, de
repente, o barquinho, impelido pela correnteza, lhe escapou das mãos, triste o
garoto voltou para casa, sem esperanças de tornar a ver o barco, que tanto
trabalho lhe custara. Qual não foi seu espanto ao ver o barquinho, certo dia,
na vitrine de uma das lojas da cidade. Entrou e insistiu que o barco era seu,
mas o negociante disse que só lho daria mediante o pagamento do preço
estipulado. O menino voltou ao lar e narrou o incidente ao pai, que lhe
forneceu o dinheiro necessário para compra do barquinho. Rápido, dirigiu-se à
loja, onde comprou o barco que, de direito, já lhe pertencia. Ao sair,
segurando bem firme em seus braços o precioso objeto, exclamou: “Agora és duas
vezes meu: meu porque te fiz, e meu porque te comprei.” Assim também nós
pertencemos a Deus: Por direito de criação e direito de redenção. Quando as
correntezas dos pecados nos afastaram das mãos divinas, e nos achávamos debaixo
do domínio de satanás, Cristo nos comprou pelo preço do seu sangue.