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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O poder da oração em meio a aflição



L.23:34  Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem...

A oração sempre foi marcante na vida do Senhor Jesus Cristo. Quem não lembra dos momentos agonizantes do Getsêmane? E o que dizer das orações na cruz? Após um longo percurso no calvário, Jesus finalmente chega ao Gólgota e pronuncia sete frases que ficaram conhecidas na história como as 7 palavras da cruz.
É fato que naquele ponto da vida de Cristo, Ele já havia ensinado muito. Já tinha dado muitas instruções aos seus discípulos. Mas Cristo ainda tinha algo a mais para revelar. Ainda existiam verdades que precisam ser ensinadas, e elas só poderiam alcançar sua força máxima quando fossem ensinadas da cruz, pois a dor tem o poder de dar novas cores e sentidos às palavras.

Jesus Cristo pregado no madeiro nos ensina o poder da oração em meio à aflição. Normalmente os momentos difíceis, que envolve a dor, a decepção e a tristeza têm a força de nos afastar de Deus. A nossa comunhão com Deus é tão frágil, que basta apenas um probleminha e já somos completamente abalados. A fé oscila, a oração cessa, a leitura da bíblia interrompe e a comunhão com os irmãos desaparece.

Se fossemos classificar historicamente o momento menos propício para alguém se dirigir a Deus, este seria a cruz. Se pensássemos no momento de mais miséria, mais ultrajante, humilhante e sofrido que alguém já passou, este momento certamente seria a cruz. Se pensássemos na maior injustiça que um ser humano já foi acometido, temos que fazer uma parada obrigatória na cruz.

O monte da caveira era indiscutivelmente o  lugar mais propício para Jesus olhar para sua situação e blasfemar contra o Pai. Se afastar do Pai. Ter raiva do Pai. Não querer “papo” com Deus. Mas o que vemos Jesus Cristo a fazer? Jesus contrariando todas as nossas expectativas humanas, estava a orar. Estava a buscar a face do pai em oração. Que lição grandiosa. Estamos diante de oração em meio a aflição.

Note que no versículo citado acima, a primeira palavra que aparece nos lábios de Cristo é um termo fraterno - “Pai”. O uso desta expressão, “Pai”, naqueles momentos tão difíceis revelava plena comunhão, intimidade e dependência.

Jesus tinha tudo para está desolado naquele momento. Sentindo-se completamente sozinho, longe de Deus. Tinha sido abandonado pelos seus discípulos, traído por Judas, negado por Pedro, abandonado por todos. Sentia dores físicas brutais. Decepção, tristeza e aflição.

Mas precisamos notar que nenhum destes itens citados foi suficiente para afastar Jesus do Pai. Cristo tinha certeza, tinha a convicção de que nada poderia levá-lo para longe da presença do Pai. E era justamente esta comunhão com o Pai que trazia segurança ao seu coração naqueles momentos. Era justamente a certeza de que tudo estava subordinado a vontade amorosa do Pai que o tranquilizava.       

Jesus, preso a uma cruz, continua a chamar a Deus de Pai. Jesus Cristo estava com uma coroa de espinhos em sua cabeça, com a fronte ensanguentada. Pulsos presos com grandes pregos, dor intensa. Mas todo aquele sofrimento não foi capaz de impedir que Cristo visse a face do pai. Que Cristo o considerasse como Pai. O sofrimento não foi capaz de tirar de Jesus a segurança decorrente da intimidade com o  Pai.

Precisamos aprender que a dor do Senhor Jesus não o impediu de orar. O sofrimento não o impossibilitou de orar. Jesus nos ensina que nem mesmo a pior tribulação deve fazer cessar a nossa oração. Deve nos afastar do Pai. Nada, nada, nada deve quebrar nossa comunhão com Deus.

Infelizmente a dor tem conseguido muitas vitórias na nossa vida. É incrível a capacidade dela de encher os nossos corações de dúvidas. Será que Deus está presente? Será que Deus me ama? Será que Deus se importa comigo? Será que Deus me abandonou?  O desânimo começa, o desinteresse pelas coisas espirituais e o desespero.

Não cometa este grande erro. Não conceda espaço para as dúvidas e os ataques de Satanás.  Pare só por um instante e ore, pois a oração nos permite escutar a voz de Deus a falar: Meu Filho, filhinha eu estou aqui. Eu estou cuidando de você. Eu não te abandonei. Tudo está sob meu controle. Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel. (Isaías 41:10)  Busca minha face, na certeza que eu me importo contigo.  
Lembre-se: Haja o que houver, você sempre terá o recurso da oração em meio a aflição.
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